quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Planejando meu casamento - o fracasso



Hoje eu vou contar a história do meu quase casamento. Resolvi separar em duas partes, pois a história é longa e ainda não tem fim. Por isso não terminarei hoje.

Faz muitos alguns anos que estamos juntos, e um dia resolvemos marcar o casamento. Estávamos em março de 2010 e marcamos para dezembro de 2011, para que nada de errado acontecesse.
Pouco tempo antes fomos convidados para o casamento de um colega de trabalho, e gostamos do buffet.
Entramos em contato e marcamos presença em um workshop. Tudo P-E-R-F-E-I-T-O!
Por que não fechar?
O buffet oferecia assessoria completa a um preço acessível: no contrato estava o salão (bem famoso na cidade), o buffet completo e a decoração.
Era o meu sonho: eu sabia o sabor de cada docinho e salgadinho, a cor das toalhas e das flores.
Contratando tudo com tanta antecedência, não tinha como dar nada errado... mas deu!

Em março de 2010 fechamos o contrato com o buffet e todo o pacote. Era a minha festa completa e eu não teria de me preocupar com nada. E mais: minha mãe não faria nada além de ser "a mãe da noiva".
Demos dez cheques pré-datados no mesmo valor, e no contrato a dona do buffet especificou a data em que cada cheque seria compensado. Sonho meu....

Abril/2010: Dois cheques compensados ao mesmo tempo. O noivo ficou doido (não havia todo esse dinheiro no banco) e disse que iria cancelar tudo. Fiquei desesperada e liguei para o buffet. Ela disse que não sabia o que havia acontecido e que devolveria o dinheiro.

Maio/2010: Um dia antes do previsto para o cheque cair ela me liga e diz que foi ao banco e viu que o problema estava lá. No dia seguinte seria descontado um cheque a mais, mas ela tinha se prevenido e depositou a diferença antecipadamente. Não aconteceria novamente porque o problema estava com o banco e ela havia conversado com o gerente. Podíamos ficar tranquilos.

Junho/2010: Dois cheques compensados. Ligo no buffet, ela diz que vai depositar, mas demora mais ou menos cinco dias. Não acontecerá de novo.

Julho/2010: Dois cheques compensados. Ligo no buffet, ela diz que vai depositar, mas demora mais de dez dias porque estava com problemas na família e eu devia entender. Não acontecerá de novo.

Agosto/2010: Cansamos. Mandamos um e-mail solicitando o cancelamento pacífico do contrato e a devolução do dinheiro pago. Marcamos uma reunião para conversarmos.
No encontro ela sugeriu melhorar o cardápio gratuitamente. Não aceitamos.
Sugeriu aumentar o número de convidados e não cobrar nada a mais. Não aceitamos.
Ela perguntou qual era o motivo de não aceitarmos suas propostas, e dissemos que perdemos a confiança. Sempre confiamos que no mês seguinte não ocorreria nada, mas ocorria. Não tinha como confiar que ia dar tudo certo na nossa festa...
Solicitamos a devolução do dinheiro. Ela não tinha o dinheiro à vista. Devolveria em duas vezes: uma em setembro e a outra em outubro.

Setembro/2010: Não houve a devolução do dinheiro.

Outubro/2010: Não houve a devolução do dinheiro.
Resolvi então abrir uma queixa no Procon. Depois de um tempo fui até o buffet novamente e ela me atendeu no portão. Eu pedi que devolvesse o dinheiro e ela disse que não devolveria porque eu havia procurado o Procon. Se eu tirasse do Procon ela devolvia. Eu não aceitei e disse que deveria ser ao contrário: devolva que eu retiro a queixa. Com esta afirmação, o que eu obtive como resposta era que eu esperasse o contato do advogado dela. Ele nunca ligou.
O Procon não chegou a nenhum acordo e sugeriu que eu procurasse as "Pequenas Causas".
Relatei toda a minha história e informei o valor que eu queria receber.
A juíza declarou que não considera dano moral, pois foi um "desacordo comercial", e fui eu quem quis romper o contrato. Tudo bem, vamos em frente com o processo.
Houve audiência de conciliação: ninguém apareceu, nem ao menos um advogado.
Como as Pequenas Causas não conseguiu nada, o processo fio encaminhado ao Fórum da cidade...




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